23 setembro 2006

 

A Revolução

"Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas. As Forças Armadas Portuguesas apelam a todos os habitantes "do Municipio de Canas de Senhorim" no sentido de recolherem a suas casas nas quais se devem conservar com a máxima calma. Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal para o que apelamos para o bom senso dos comandos das forças militarizadas no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os "Canenses", o que há que evitar a todo o custo.
Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer "Canense", apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica esperando a sua acorrência aos hospitais, a fim de prestar a sua eventual colaboração que se deseja, sinceramente, desnecessária."

Boa noite, o meu nome é Otelo Saraiva de Carvalho. Tomei de assalto este blog para manifestar o meu repúdio pela maneira como a luta canense tem sido conduzida ao longo dos últimos tempos.
Meus amigos, a luta é a luta e quando é iniciada não pode parar até os intentos serem conseguidos. Já imaginaram se o meu pessoal tivesse parado no Largo do Rato para uma mijinha numa casa de banho nova? Ou se tivessemos a obrigatoriedade de contornar as rotundas pela direita? Se nos sentassemos no passeio à espera da banda passar? Por amor de Deus!!! Começou-se....há que acabar.

Queremos lançar aqui um desafio: estes maricas da má lingua também se andam a baldar para esta treta. Precisamos de sangue novo para a luta...precisamos urgentemente de virgens...ops...perdão de escribas. Escribas que venham dar à luz novos apontamentos.

Para isso, utilizem o email da lingua e escrevam...escrevam...escrevam...todos os textos serão publicados, sem censura, sem correcções ortográficas (esta é para ti Cingab). Apenas tem de se cumprir uma ou outra obrigatoriedade:
Têm de vir assinadas com um nick especialmente criado para a má lingua;
Têm de vir de um endereço de mail criado especialmente para o nick que foi criado especialmente para a má lingua;
Têm de vir com um Avatar (imagem) criado especialmente para o nick que foi criado especialmente para o endereço de mail que foi criado especialmente para a má lingua. UFA!!!
Têm de vir no formato .doc (isto é, em Word)

O prazo para a entrega das candidaturas termina às 23:59 do dia 14 de Outubro de 2006.

Todas os textos serão publicados à medida que forem sendo recebidos, com a indicação do respectivo nick especialmente cri...... - éh pá larguem-me!!!! E imagem de Exibição.
Haverá lugar, de 15 a 21 de Outubro à votação online (que será especialmente criada para....porra...ok....eu páro com isso...).
Durante o dia 22 de Outubro o vencedor ou vencedores será, ou serão informado, ou informados por email e será, ou serão inserido, ou inseridos como "estagiário(s)" não remunerados na lista de postadores da má lingua.


Despeço-me de todos e até à próxima revolução.

Lambidelas
Ora vivam, companheiras domésticas. Venha lá esse sentido de humor que, como sabem, há falta de outro (sentido) sempre vai enganando a libido e desentorpecendo os genitais. Sim, desentorpecendo os genitais, ou não conhecem aquela "a rir a rir é que o macaco...". Pronto, já disparatei qb. Inté.
Boas bicadas, aliás lambidelas (parece-me mais apropriado e as galinhas agradecem à mesma)
 
intervençao de jorge esteves na asse2mbleia municipal de 24 de abril de 2009:

24 de ABRIL DE 1974

Há 35 anos, o Capitão Salgueiro Maia preparava-se para arrancar para Lisboa com os militares que aderiram à revolução e, já na parada, fez este discurso:

… HÁ VÁRIOS ESTADOS: TOTALITÁRIO, DEMOCRÁTICO…. E HÁ

“O ESTADO A QUE ISTO CHEGOU”

A frase que correu mundo, continua actual.

“O ESTADO A QUE ISTO CHEGOU”

Nesse dia teve inicio um processo que levou ao encerramento de uma ditadura e à activação de uma democracia.

Mas, hoje, passados 35 anos, alguns tiques do 24 de Abril, ainda não morreram.

Tiques de uma cultura politica autocrática persistem diariamente.

Quem governa tende a governar com arrogância e a oposição continua a crer que a sua função democrática é apenas de “opor-se”.

Já na Grécia Antiga se chamava a isto primitivismo político, ignorância sobre a democracia e desrespeito pelos cidadãos.

Em alguns casos a democracia raia a ditadura mais cínica que é aquela que deixa que todos falem sem que se ligue minimamente aquilo que dizem.u9

Em alguns casos que a imprensa nos relata diariamente, nem cínica consegue ser porque, o verniz estala e ficam incomodados porque alguém tem uma opinião diferente.

Kant dizia que o ser humano nasce mau. A parte biológica é coberta pela cultura adquirida permitindo-lhe criar a diferenciação com os outros animais mas, alguns, volta e meia revelam-se tal e qual como nasceram.

Teremos de reconhecer que Kant tinha razão.

“O ESTADO A QUE ISTO CHEGOU”

A verdade é que, ao fim de 35 anos, temos um défice democrático, um clientelismo que nos empobrece e nos asfixia e uma erosão de valores própria do subdesenvolvimento cultural.

A mediocridade e o despudor são premiados desde que se tenha uma fidelidade canina.

Actualmente, em Portugal, o compadrio talvez seja maior que no tempo do Marcelismo.

Quem tem ideias fora das fileiras dos obedientes é visto pelo poder não como um potencial de inovação mas como uma ameaça.

O 25 de Abril não pretendeu construir um país com esta profusão de falta de vergonha e de oportunismo.

Enquanto eu souber que há uma elevada percentagem de universitários que chumbam porque não têm dinheiro para pagar as propinas

Que há estudantes que abandonaram os estudos para ir trabalhar e aumentar o rendimento familiar

Enquanto eu não souber se alguém fez um levantamento dessas (e de outras) necessidades gritantes não contem comigo para comemorar este 25 de Abril.

Não foi para isto que eu vim para a rua, nem em 74, nem em Novembro de 75

Quando todos temos consciência dos problemas sociais que hoje, mais do que nunca, devem ter prioridade ao económico e financeiro, fazer passeios onde não há casas, prometer TGVS ou inaugurar azulejos mexe com a minha capacidade de cidadão.

É por isso que, provavelmente para satisfação de alguns, amanhã não estarei presente.

É necessário um 26 de Abril construído na vivência democrática,

pelos cidadãos que têm de decidir, crescer e viver de pé

Jorge Gonzalez Esteves
 
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